‘Oto’ é o apelido de Otávio Henrique, o cachorro doido. O nome ‘Otávio’ foi escolhido pelo meu sobrinho Fernando, ‘Henrique’ foi sugestão da veterinária madrinha dele e o apelido foi a tia Ana quem escolheu. Como vocês podem perceber, nada disso é responsabilidade minha.
No dia 24 de novembro, Oto completa 6 anos, mas continua uma criança alimentada por bateria de lítio – não cansa nunca quando o assunto é brincar. Ele corre atrás da bolinha com uma velocidade que chega a voar sobre os degraus da escada! Minha sala tem sempre brinquedos pelo chão, que eu sou obrigada a jogar para ele pegar. Cinco horas da tarde ele me lembra que é hora de descer para jogar bolinha na quadra.
Não passeio com ele na rua porque tenho o equilíbrio bem comprometido e seus puxões já me levaram ao chão mais de uma vez, então brinco com ele na quadra do prédio. Quando posso, eu o levo para caminhar em locais onde ele possa andar sem coleira.
Dizem que o cão é o retrato do dono. No caso do Oto, ele é bem o inverso de mim: ansioso e elétrico. Já pensei que sou uma péssima tutora para ele, que ele precisa de alguém mais ativo do que eu. Já pensei em doá-lo para quem pudesse fazer com ele as atividades que ele precisa. Aí, quando ele deita a cabeça no meu colo, eu lembro que precisamos um do outro. Ele precisa de uma pessoa mais calma para não se quebrar nas estripulias que faz, precisa dos meus cuidados e do meu carinho. Eu preciso da energia dele para me tirar da fadiga, para ir brincar na quadra mesmo quando estou me arrastando.
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